Relatório Formação Docente | Novembro 2023

Projeto Aprendizes Digital

Relatório Pedagógico | Formação Corpo Docente

E.E. Sebastião de Souza Bueno

 

O oitavo e último encontro da formação de docentes do E.E Sebastião de Souza Bueno aconteceu em novembro teve como objetivo principal fortalecer e experienciar todos os conceitos aprendidos ao longo do ano. Para este encerramento, foi realizada uma atividade que englobou tudo o que foi trabalhado pelos participantes, em formato de competição de desafios. 

 

Utilizando um circuito desenhado no chão, cada grupo foi convidado a completar alguns desafios. Para tal, precisaram desenvolver três programações diferentes para o seu protótipo resolver as missões. Para dificultar ainda mais os desafios, foram colocados obstáculos nos trajetos dos robôs. 

 

A ideia do tapete de missões e dos desafios propostos não é uma competição entre grupos, mas sim dos participantes em relação aos protótipos e às programações: o intuito é que eles se desafiem a encontrar as melhores soluções para os problemas apresentados, de maneira lúdica, divertida e coletiva. 

 

Principais objetivos da aula:

 

- Revisar e colocar em prática  os conceitos dos encontros anteriores;

- Construção de um protótipo que precisará cumprir diferentes desafios;

- Análise dos desafios propostos e testes de programação com objetivo de completar todas as missões;

- Conversa final sobre o projeto Aprendizes - Digital, os aprendizados adquiridos ao longo do ano e as possibilidades de aplicação dos aprendizados assimilados dentro das aulas regulares. 

 

Breve relato de participação da turma:

 

“Todos os grupos se concentraram em completar os desafios propostos e, ainda que tenham refeito suas programações várias vezes até conseguir realizar as missões, entenderam este movimento de tentativa e erro como parte essencial do processo de aprendizagem.” - Eduardo Pessoa, Professor da Robomind.

 

Relatório de Aulas | Novembro 2023

Projeto Aprendizes Digital

Relatório Pedagógico | Aulas Regulares

E.E. Sebastião de Souza Bueno

 

No último mês de aulas os alunos adentraram no bloco sobre Arte Interativa, conhecendo mais sobre os artistas Guto Lacaz, Witaya Junma e Rachel Rosalen, com suas obras que dependem - e se modificam - com a presença dos espectadores.

 

Construíram o Robô Fast, que tem um tempo de reação baixo e se movimenta de maneira bem rápida, e o Robô Slot, que precisou seguir algumas sequências determinadas no livro e, para isso, os alunos precisaram testar diversas combinações de comando e programações.

 

A última aula do ano foi um Super Desafio diferente: com um robô matriz, os alunos começam a completar uma série de desafios propostos pelo professor. Para alcançar as metas, eles precisaram entender os movimentos que o robô deveria fazer e como transcrever isso para a programação. É uma aula divertida, que estimula o pensamento lógico e coloca em prática diversos conceitos da programação aprendidos durante o ano. 

 

Relatório Formação Docente | Outubro 2023

Projeto Aprendizes Digital

Relatório Pedagógico | Formação Corpo Docente

E.E. Sebastião de Souza Bueno

 

O sétimo encontro da formação de docentes do E.E Sebastião de Souza Bueno aconteceu no dia 09 de outubro de 2023 e trabalhou os conceitos de sensor de toque e giroscópio, bem como suas possibilidades de uso não só nas montagens do curso, mas em utilitários como celulares e câmeras digitais. 

 

Utilizando o sensor de toque e o giroscópio, os educadores foram desafiados a montar um robô que concluísse uma jornada a partir de uma base pré definida, utilizando em sua programação os blocos de evento em concomitância aos sensores.  

 

Principais objetivos da aula:

- Explorar os conceitos de programação;

- Aprofundamento no software; 

- Construção do pensamento lógico/computacional;

- Ampliação de conhecimento sobre sensores;

- Conhecer o sensor de toque e giroscópio.

 

Breve relato de participação da turma:

 

“A aula demonstrou-se altamente eficaz, pois todos os participantes conseguiram absorver o conteúdo de forma satisfatória. Identifiquei a dificuldade dos professores em realizar a construção do protótipo, um dos grupos não conseguiu finalizar a construção, porém, vivenciaram a programação com o protótipo dos colegas, atingindo assim um dos nossos objetivos na aula que é o desenvolvimento socioemocional dos participantes, a partir da criação coletiva.” - Eduardo Pessoa, Professor da Robomind.

 

Relatório de Aulas | Outubro 2023

Projeto Aprendizes Digital

Relatório Pedagógico | Aulas Regulares

E.E. Sebastião de Souza Bueno

 

O mês de outubro começou com um Super Desafio especial: criar um animal bípede, diferente de todos já vistos na natureza.

 

Além do desafio, os alunos montaram e programaram os robôs Carros Modulares, Curiosity e fecharam o mês com mais um Super Desafio, em que precisaram utilizar conceitos aprendidos durante o Bloco 7 do livro de montagens.

 

Ao longo dos meses as construções vão ficando cada vez mais complexas e desafiadoras para os alunos - novas combinações de componentes, robôs com diversas partes que se encaixam, programações mais exigentes. 

 

Ainda que tenham tido dificuldades nas construções e programações, ao longo do mês foram se adaptando aos novos níveis de dificuldade e conseguindo completar os objetivos cada vez mais rápido.  

 

Além das montagens e programações, neste bloco os alunos descobriram mais sobre as artes produzidas com auxílio de Inteligências Artificiais, como o MidJourney e Dall-E, além de exemplos de artistas que utilizam IA para criar obras interativas, como a exposição ToTa MAchina de Katia Wille e os trabalhos de Jason M. Allen.

 

Relatório Formação Docente | Setembro 2023

Projeto Aprendizes Digital

Relatório Pedagógico | Formação Corpo Docente

E.E. Sebastião de Souza Bueno

 

O sexto encontro da formação de docentes do E.E Sebastião de Souza Bueno aconteceu no dia 18 de setembro de 2023, segunda-feira, e teve como objetivo principal a troca sobre quais são os norteadores e referenciais da robótica educacional, bem como do pensamento computacional.

 

Foram trazidos conceitos como Cultura Maker, Robótica Educacional, Pirâmide do Aprendizado e Construcionismo. Na pauta, também tivemos o debate sobre meios e ferramentas que podem aliar a tecnologia ao aprendizado e ao ensino regular, atendendo  amplamente as normas da BNCC e fomentando o pensamento científico, criativo e crítico, assim como a comunicação,  a empatia, a cooperação, e o repertório cultural e de cultura digital dos alunos.

 

Ao final do encontro, foram sugeridos livros que abordam temas relacionados ao projeto Aprendizes - Digital e à tecnologia como ferramenta de ensino e aprendizagem.

 

Principais objetivos da aula:

- Apresentação dos principais pensadores que norteiam a pedagogia utilizada no projeto;

- O que é Cultura Maker;

- Apresentação de diferentes métodos de avaliação;

- O trabalho sócio emocional dentro da sala de aula;

- O que é o Método Construcionista.

 

Breve relato de participação da turma:

“A aula demonstrou-se altamente eficaz, pois o grupo conseguiu absorver o conteúdo de forma satisfatória, além de todos participarem ativamente do encontro, trazendo suas visões, experiências e dúvidas. Os professores manifestaram grande interesse pelo conteúdo e puderam identificar estratégias e ferramentas possíveis de serem utilizadas em suas aulas no dia-a-dia.” - Eduardo Pessoa, Professor da Robomind.

 

Relatório de Aulas | Setembro 2023

Projeto Aprendizes Digital

Relatório Pedagógico | Aulas Regulares

E.E. Sebastião de Souza Bueno

 

O mês de setembro começou com um Super Desafio baseado nos conceitos da Biomimética: os alunos foram incentivados a criar, montar e programar um protótipo utilizando conceitos da natureza. 

 

Ao longo das aulas, eles trabalharam os robôs Bípede e Off Road, e começaram a explorar o que foi o Renascentismo, movimento que traz o ser humano como ponto central da criação (antropocentrismo). Neste sentido, os alunos foram apresentados ao trabalho de Leonardo da Vinci, um dos principais artistas do gênero.

 

É possível enxergar a evolução da turma, que tem revelado o aprendizado e a assimilação do pensamento lógico-computacional ao se mostrar cada vez mais ágil não apenas na montagem, mas também na programação dos protótipos.

 

Relatório Formação Docente | Agosto 2023

Projeto Aprendizes Digital

Relatório Pedagógico | Formação Corpo Docente

E.E. Sebastião de Souza Bueno

 

O quinto encontro aconteceu no dia 14 de agosto de 2023, segunda-feira, e teve como objetivo principal apresentar aos participantes o Sensor Ultrassônico, além de relembrar conceitos aprendidos nos três encontros anteriores.

 

Ainda neste encontro, foi abordado o conceito dos blocos de eventos, utilizados para lidar com situações excepcionais e imprevistas, que fogem do plano principal de funcionamento. Foi apresentada a possibilidade de integrar o sensor ultrassônico a estas situações, utilizando-o como ferramenta que comunica ao robô uma situação anormal.

 

Após a montagem e programação do robô, foi proposto um desafio aos grupos, no qual os robôs realizaram um percurso que partiu de uma base demarcada com fita vermelha e seguiu adiante até que o sensor ultrassônico detectasse um objeto e, em seguida, parasse sua locomoção. À medida que os professores concluíram com sucesso o primeiro desafio, foram inseridos obstáculos adicionais e a complexidade do percurso foi gradualmente aumentando. 

 

Principais objetivos da aula:

- Apresentação do sensor ultrassônico;

- Conceitualização dos blocos de evento e seus usos;

- Montagem e programação do robô Base Motriz;

- Desafios de obstáculos.

 

Breve relato de participação da turma:

 

“A aula foi altamente aproveitada e todos os participantes conseguiram absorver o conteúdo de forma satisfatória, além de concluir os desafios propostos. Os professores se mostram mais pacientes no manuseio do kit e do software, o que facilita a compreensão e a aplicação dessas ferramentas em seu ambiente de ensino. É crucial destacar a relevância de dominar o programa utilizado para a programação, pois isso será fundamental para a perenidade do projeto. Aprofundar esses conhecimentos proporcionará aos docentes confiança durante suas aulas, eliminando gradualmente as inseguranças relacionadas à novidade tecnológica.” - Dayane Rosse, Professora da Robomind.

 

Relatório de Aulas | Agosto 2023

Projeto Aprendizes Digital

Relatório Pedagógico | Aulas Regulares

E.E. Sebastião de Souza Bueno

 

Em agosto, os alunos finalizaram o bloco sobre os Games (Jogos Eletrônicos), descobrindo algumas curiosidades sobre o jogo Journey. 

 

Ainda neste mês, adentraram o universo da Biomimética, área de estudo que busca inspiração em estruturas biológicas para aprender com as soluções e estratégias que a natureza tem desenvolvido. A partir dessa compreensão, artistas buscam mimetizar essas estruturas e inspiram-se nelas para criar suas obras. Foram apresentadas obras dos artistas Walmor Corrêa, Joan Fontcuberta e Antonio Gaudí.

 

Ao longo dos encontros, os alunos construíram e programaram os robôs Ecolocalização (simulando o sistema de morcegos e baleias), o robô Preguiça, o Lançador de Aviões, além de uma Aula Super Desafio.

 

Foi um mês divertido, no qual os alunos aperfeiçoaram não só suas habilidades de montagem e programação de robôs, mas também o trabalho em conjunto, a empatia, o respeito e a paciência - algumas das habilidades socioemocionais desenvolvidas ao longo do curso.

 

Relatório Formação Docente | Junho 2023

Projeto Aprendizes Digital

Relatório Pedagógico | Formação Corpo Docente

E.E. Sebastião de Souza Bueno

 

O quarto encontro aconteceu no dia 19 de junho, segunda-feira, e teve como principal objetivo mapear os pontos de maior dificuldade dos participantes. Foram relembrados os conceitos principais da programação, o funcionamento do software EV3 Classroom - onde as programações são feitas -, e as funções de cada bloco do sistema, divididos em:

 

 

Além disso, foi aprofundado o conceito de algoritmo e como eles são utilizados para resolver um problema ou executar uma tarefa, bem como alguns usos dos algoritmos na ciência da computação, como na criação de softwares e aplicativos.

 

Após a contextualização teórica e montagem dos robôs, os grupos foram levados ao Tapete de Missões, no qual o robô teve que executar um circuito e 3 desafios:

 

No primeiro desafio, o robô partia da base, seguindo até o ponto 1. O segundo desafio pedia que o robô saísse da base, realizasse uma curva ao chegar no ponto 1 e se direcionasse ao ponto 2. O terceiro desafio pedia que, ao chegar ao ponto 2, o robô avançasse ao ponto 3 e concluísse as missões.

 

Este tipo de missão demanda que os participantes relembrem as funcionalidades dos blocos e descubram como combiná-los para produzir os movimentos necessários para cumprir os desafios propostos.

 

Principais objetivos da aula:

- Relembrar o conceito de programação e os blocos presentes no software de programação;

- Montagem dos robôs;

- Realização de um circuito de desafios no Tapete de Missões.

 

Breve relato de participação da turma:

 

“O Tapete de Missões trouxe um estímulo importante para os professores, que participaram ativamente da aula e dos desafios. Relembrar o que é o pensamento computacional e a lógica por trás da programação foi importante para que eles conseguissem programar os robôs para que cumprissem o circuito proposto.” - Dayane Rosse, Professora da Robomind.

 

Relatório de Aulas | Junho 2023

Projeto Aprendizes Digital

Relatório Pedagógico | Aulas Regulares

E.E. Sebastião de Souza Bueno

 

O mês de junho começou com uma aula Super Desafio, além da montagem dos robôs Espirógrafo e Braço com Garra. 

 

Na primeira aula, os alunos foram desafiados a criar um robô aéreo, aquático ou terrestre, sem utilização do guia de montagem. Além de criarem o robô do zero, precisaram utilizar o sensor giroscópio para fazer ele se movimentar.

 

Começaram, também, a entrar no universo dos Games, que utilizam a tecnologia desde a criação dos cenários, passando pelas trilhas sonoras, até a programação que dará vida e movimento aos personagens, itens, paisagens e cenários. Foram apresentados trabalhos de Henrique EDMX e Koji Kondo, além de materiais que discutem se os videogames podem ser considerados obras de arte.

 

Relatório de Aulas | Maio 2023

Projeto Aprendizes Digital

Relatório Pedagógico | Aulas Regulares

E.E. Sebastião de Souza Bueno

 

O mês de maio começou com uma aula Super Desafio, além da montagem dos robôs Teleférico, Sensor Giroscópio e Nevascas. 

 

Na primeira aula, os alunos foram desafiados a criar um robô que utilizasse engrenagens para se movimentar. Para entender mais sobre engrenagens e movimento, os alunos foram apresentados ao Cinetismo, movimento artístico que é conhecido por obras que exploram a ilusão de ótica, esculturas mecânicas, energia eólica e outros elementos e conceitos a fim de criar cinesia. Os alunos assistiram um vídeo sobre a obra Bussola, de Jennifer Townley.

 

Nas aulas seguintes, os alunos foram apresentados a outros artistas e obras do cinetismo, como Abraham Palatnik, Carlo Cruz-Diez e Alexander Calder, expoentes deste movimento que davam vida às suas obras explorando cores, formas geométricas, equilíbrio e sobreposições.

 

Relatório Formação Docente | Maio 2023

Projeto Aprendizes Digital

Relatório Pedagógico | Formação Corpo Docente

E.E. Sebastião de Souza Bueno

 

O terceiro encontro aconteceu no dia 22 de maio, segunda-feira, e começou com uma conversa com o corpo docente sobre a evolução da tecnologia ao longo dos anos e como a sociedade adaptou-se e a incorporou em seu dia-a-dia, utilizando os avanços tecnológicos como facilitadores. Também foi discutido o motivo de cada um ter se tornado professor, quais métodos de ensino eles utilizam e como eles acham que os conhecimentos apreendidos no Aprendizes - Digital podem ser incorporados às suas aulas. Com essa troca, foi possível entender melhor onde cada educador tem dificuldades e facilidades e o que desperta mais interesse no grupo.

 

Principais objetivos da aula:

- Conversa sobre a evolução tecnológica ao longo dos anos;

- Discussão sobre métodos de ensino e incorporação da tecnologia às aulas;

- Conversa sobre dificuldades, facilidades e interesses do corpo docente com o Aprendizes - Digital.

 

Breve relato de participação da turma:

 

“Neste encontro foi possível entender de maneira mais individual o que os educadores desejam com o curso e quais são suas maiores dificuldades e facilidades. Esta conversa foi importante para que possamos, cada vez mais, moldar o curso de acordo com as necessidades e realidades deste corpo docente atendido, considerando as particularidades da escola em que lecionam, de como planejam e ministram suas aulas.” - Dayane Rosse, Professora da Robomind.

 

Relatório Formação Docente | Abril 2023

Projeto Aprendizes Digital

Relatório Pedagógico | Formação Corpo Docente

E.E. Sebastião de Souza Bueno

 

O segundo encontro aconteceu no dia 10 de abril de 2023, uma segunda-feira, e teve como objetivo principal trabalhar o conceito de transmissão de força, apresentando diversos tipos de engrenagens contidas no Kit Lego Mindstorms EV3 (Cilíndricas, Cônicas, Rosca sem Fim e Base Giratória de 28 dentes).

 

Para identificar as engrenagens, é necessário observar seus dentes, que percorrem todo o seu perímetro e, quando acoplados uns aos outros, esses dentes se intercalam fazendo com que um empurre o outro e aconteça a transmissão de movimento. Foram mostradas as possibilidades de combinação entre engrenagens do mesmo tipo e de tipos diferentes que, juntas, formam um sistema de transmissão de potência.

 

Durante a experiência ocorreu a montagem e programação do robô Tuk-Tuk, um triciclo que se movimenta a partir da transmissão de força gerada por engrenagens.

 

Principais objetivos da aula:

- Apresentação dos conceitos de engrenagem e transmissão de força e potência;

- Montagem e programação do robô Tuk-Tuk;

- Conversa sobre a importância da tecnologia na atualidade e possibilidades de uso da mesma como ferramenta educacional.

 

Breve relato de participação da turma:

 

“O segundo encontro foi um pouco menos fluido na parte prática. A professora percebeu que ainda é difícil para os docentes vislumbrarem o uso da tecnologia em seu dia-a-dia, então foi feita uma conversa para ouvir o que eles entendem por tecnologia e ideias de como ela pode ser utilizada em sala de aula. Buscando adaptar o curso aos alunos, o próximo encontro começará com uma roda de conversa para entender o que os educadores esperam do curso, tirar dúvidas que eles possam ter e pensar cada vez mais em caminhos possíveis de intersecção entre tecnologia e o ensino regular.” - Dayane Rosse, professora da Robomind.

 

Relatório de Aulas | Abril 2023

Projeto Aprendizes Digital

Relatório Pedagógico | Aulas Regulares

E.E. Sebastião de Souza Bueno

 

No segundo mês de aulas do Aprendizes - Digital trabalhamos com a montagem, programação e operação dos robôs Arremessador, Tuk Tuk e Garra 180.

 

Mais familiarizados com Kit Lego Ev3 Mindstorms, os alunos conquistam mais agilidade nos processos de montagem e programação. Foram explorados novos tipos de movimentos, como o arremesso e o movimento em 180 graus, e também foram testadas maiores velocidades nos robôs.

 

Para embasar o conceito de velocidade e aceleração, foi apresentado o conceito de Futurismo, através das obras de Giacomo Balla, Fortunato Depero e Gino Severini. 

 

Além da evolução nas habilidades manuais e de raciocínio, é possível perceber, ao longo das aulas, uma evolução nas habilidades socioemocionais, como a empatia e paciência, o que faz com que o trabalho em grupo fique mais fluido e exitoso.

 

Relatório Formação Docente | Março 2023

Projeto Aprendizes Digital

Relatório Pedagógico | Formação Corpo Docente

E.E. Sebastião de Souza Bueno

 

O primeiro encontro aconteceu no dia 13 de março de 2023, uma segunda-feira, e teve como objetivo principal explicar ao corpo docente como funciona o projeto Aprendizes - Digital, além de discutir a importância da robótica educacional no processo de crescimento intelectual dos alunos. Com isso, foi reforçada a importância da formação docente em paralelo às aulas regulares, tanto para a escola quanto para o seguimento do curso após a finalização do projeto na instituição.

 

A empresa Robomind foi apresentada aos docentes, junto com uma breve explicação de seu método de ensino, onde os discentes têm a oportunidade de ver na prática a aplicação do conteúdo aprendido em sala de aula. Em seguida houve uma apresentação e descrição do Kit Lego Ev3 Mindstorms e seus componentes.

 

Após a contextualização, na qual foi discutida com os professores a pergunta tema da aula, “O que é um robô?”, seguimos para o processo de montagem, com explicação sobre o livro didático usado nas aulas e as funcionalidades das peças.

 

No momento da experiência, ocorreu a apresentação do aplicativo de programação do Kit Lego Ev3 Mindstorms, com a explicação detalhada dos blocos responsáveis pelo funcionamento do motor e a programação do robô.

 

Principais objetivos da aula:

- Apresentação sobre a importância da Robótica Educacional na formação dos alunos;

- Discussão sobre a relevância da tecnologia como ferramenta no dia-a-dia docente; 

- Apresentação do modelo de ensino utilizado pela empresa Robomind;

- Montagem e programação do robô Robby, uma construção simples, cuja programação traz conceitos básicos que serão utilizados durante todo o curso.

 

Breve relato de participação da turma:

 

“A grande maioria dos docentes foi participativa, com ênfase nos professores com idade mais avançada, que interagiam a todo momento e demonstraram ânsia pelo aprendizado. 

No final da formação, fui procurada por um docente que ficou tão empolgado com a aula que queria saber a possibilidade de um aprofundamento no estudo da robótica educacional.” - Dayane Rosse, Professora da Robomind.

 

Relatório de Aulas | Março 2023

Projeto Aprendizes Digital

Relatório Pedagógico | Aulas Regulares

E.E. Sebastião de Souza Bueno

 

No primeiro mês de aulas do Aprendizes - Digital trabalhamos com a montagem, programação e operação dos robôs Robby, Chutador, Empurra e Dragster. 

 

Os alunos aprenderam mais sobre o Kit Lego Ev3 Mindstorms, suas peças e funcionamento conforme realizaram as montagens. Foram explorados os conceitos de eixos, vigas, motores, engrenagens e velocidade. 

 

Além disso, para trabalhar o conceito de movimento, foram apresentados aos alunos os dançarinos Fredrik Benke Rydman, a Companhia Deborah Colker e Fanta Konatê, traçando um paralelo entre os movimentos dos robôs e dos seres humanos e suas complexidades. 

 

Ao longo das semanas, as turmas foram se ambientando com as peças e o software de programação, completando com êxito todas as montagens. 

 

A cada aula os alunos vão se revezando entre as funções (líder, construtor e programador) e aprendendo atribuições e tarefas de cada uma delas, o que reforça a importância do trabalho em grupo.

 

Relato de Atividade Cultural 6

O sexto encontro cultural foi realizado nos dias 23 de Novembro e seu principal objetivo era a realização de uma intervenção artística na escola, feita pelos alunos, por meio da técnica do lambe-lambe, tendo como mote as fotografias realizadas pelos estudantes nos encontros anteriores. 

 

Conceitos do sexto encontro

 

Neste encontro tratamos de modo bem prático conceitos que já havíamos conversado anteriormente:

 

Etapas do sexto encontro

 

Comecei os encontros apresentando imagens do planejamento que a designer do projeto havia feito para a montagem dos painéis.

 

 

Em todos os grupos eles ficaram impressionados, perguntavam como aquilo havia sido feito, como alguém havia "tirado uma foto do futuro?". E eu lhes dizia que era algo relacionado aos nossos encontros do passado e aos poucos eles foram relembrando as oficinas de fotografia e a promessa de que faríamos lambes, assim como eu já havia lhes mostrado em uma das atividades culturais.

 

Rapidamente eles lembraram como era feita a colagem das imagens na parede e eu retomei algumas questões técnicas. Combinamos que eles trabalhariam em duplas e que revezaríamos o trabalho de colagem na parede com o de analisar a imagem do planejamento para entregar aos "coladores" cada imagem que deveria ser colada. Alguns acharam difícil essa tarefa, pois era importante observar as sobreposições propostas. Permiti que eles também saíssem um pouco dessa proposta e escolhessem uma ou outra imagem para compor o painel e eles demonstraram ser criteriosos com isso, analisando as cores e as formas de cada imagem para que o todo tivesse harmonia.

 

Foi interessante vê-los discutir sobre o que seria melhor para o todo. Eu interferi nessas conversas propondo soluções, e eles votaram no que acreditavam ser o ideal. 

 

 

O trabalho foi fluído, e o resultado ficou muito impactante. Todos na escola vinham elogiar. Muitos alunos e professores quiseram participar e nas ocasiões em que estava mais tranquilo,  permiti que alguns estudantes, mesmo de fora de nosso projeto, participassem. 

 

Acredito que este trabalho perdurará de diversas formas pela escola, tanto pela experiência de experimentar a técnica do lambe-lambe, quanto pelo trabalho desenvolvido de forma coletiva, quanto pelas próprias imagens que compõem o painel. Vários professores e funcionários ficaram impressionados pela qualidade das fotografias feitas pelos alunos, diziam surpresos: "Essas fotos foram feitas pelos nossos alunos? Uau, que bacana!" e alguns até já começaram a imaginar fazer outros lambes pelo espaço da escola. 

 

Participação dos grupos

 

Muitos alunos estavam ansiosos por este encontro, afinal tinham ficado curiosos com o lambe-lambe quando o apresentei em um encontro anterior, e de fato eles aderiram prontamente à atividade.

 

Os alunos mais novos permaneceram totalmente envolvidos durante todo o encontro, ávidos em fazer as tarefas, especialmente colar. Por vezes eles até brigavam, reclamavam comigo que já estava na hora de mudar de função. Já os alunos mais velhos, lidaram melhor com o revezamento, e até iam dar uma volta ou jogar bola enquanto não era sua vez de colar, mas eles sempre voltavam dispostos. 

 

Às vezes pensava que um ou outro não estava de fato interessado e estava curtindo era fugir da aula, mas depois vi alguns destes alunos levando seus colegas para ver o trabalho, contando como havia sido feito. 

 

O sentido de mutirão foi bem desenvolvido nos grupos, eles trabalharam muito bem coletivamente. 

 

Questões logísticas do encontro

 

Os locais selecionados para a colagem eram um pouco pequenos para todo o grupo trabalhar concomitantemente, por isso propus que trabalhassem em dupla (um segurava a bandejinha com cola e o papel a ser colado e o outro colava, e depois revezavam entre si) e também se revezassem na função de organizar a colagem do painel. Isso funcionou bem, apenas nos grupos com os alunos mais velhos recebi reclamações de funcionários da escola de que eles estavam fugindo (indo jogar bola ou andar pela escola quando estavam na função de organizar), mas avisei que eu havia permitido que eles fossem jogar, pois além de eu poder enxergar onde estavam, o grupo ainda assim era grande para as funções que deveriam ser realizadas, então dava para ser assim.

 

Ainda assim, um dos locais precisou ser modificado. Havíamos planejado colar numa parede ao lado da cozinha, mas além de ser estreita, o fluxo lá era mais constante do que imaginávamos. Assim, conversei com o diretor e ele autorizou que usássemos uma outra parede, o que foi ótimo, pois além de termos mais espaço para trabalhar, ofereceu mais visibilidade para o trabalho.

 

Luciana Nobre (Coordenadora Pedagógica Cultural)

Relato de Atividade Cultural 5

 

O quinto encontro cultural foi realizado nos dias 18 e 19 de Outubro e seu principal objetivo era a realização de uma intervenção artística na escola, feita pelos alunos, por meio da pintura, usando a técnica do stencil (com moldes nos formatos das peças do kit de robótica).

 

Conceitos do quinto encontro

 

Os principais conceitos trabalhados neste encontro estão relacionados a linguagem da pintura com stencil:

 

Etapas do quinto encontro

 

Começamos o encontro retomando o que havíamos feito no encontro anterior. Alguns se lembraram mais das fotos e outros mais da pintura.

Lhes convidei a pensar na experiência de pintura e lembrei-lhes da referência que havia mostrado: o trabalho desenvolvido pela artista Monica Nador em seu projeto JAMAC, na comunidade do Jardim Miriam (foto abaixo).

 

 

Mostrei os stencils que eu havia feito em acetato a partir dos moldes que eles fizeram em papel no encontro anterior. E em seguida expliquei como funcionaria a dinâmica do encontro: escolher um molde, fixar na parede, escolher uma cor de tinta e iniciar a pintura com um pincel nos cantinhos e depois com um rolinho. E ao finalizar a pintura, deveriam limpar o molde e disponibilizá-lo a outro colega.

 

Na primeira turma, além disso, preparamos também as tintas, adicionando na tinta-base, de cor branca, as outras cores. Os alunos gostaram bastante desta alquimia. Nas turmas seguintes, eles também demonstraram curtir esse momento ao criar novas cores baseadas nas tintas com cores primárias preparadas pelo primeiro grupo.

 

Ao longo da atividade, fui falando sobre a importância de compormos o painel considerando cada intervenção já feita no espaço: adicionar cores e formas variadas, olhando para cada elemento que estaria ao lado do que pintaria.

 

Participação dos grupos

 

Os alunos demonstraram facilidade em lidar com tal linguagem. Às vezes usavam mais tinta do que eu havia indicado, e assim faziam uma ou outra forma borrada, mas logo buscavam corrigir isso, fazendo de forma mais cuidadosa.

 

Eles também demonstraram comprometimento em criar algo harmonioso. Alguns se preocuparam em pintar as paredes, que estavam sujas, antes mesmo de fazermos nossas intervenções, mas lhe expliquei que não daria tempo de secar a tinta e então pintarmos com o stencil, então disseram que iam pintar ao menos alguns cantinhos mais sujos. Outros quiseram pintar e arrumar os elementos que apresentavam borrões.

 

Nas turmas de segunda-feira, que eram menores, a dinâmica foi mais tranquila, eles inclusive quiseram parar de pintar antes mesmo de acabar o horário da oficina. Já na terça, com as turmas maiores, foi bem mais difícil controlar os procedimentos e o trabalho foi mais caótico, algumas pintura não foram feitas de modo tão cuidadoso, o chão ficou sujo, os moldes não eram limpos de modo adequado e quando eram afixados manchavam a parede, enfim, alguns pequenos descuidos aconteceram comprometendo a estética mais "limpa", que estava sendo construída no dia anterior.

 

Achei curioso que em todos os grupos os alunos se envolveram com a pintura de modo que ela me pareceu ter efeito terapêutico. Eles passaram a conversar, trazendo questões pessoais, me pedindo conselhos, discutindo aspectos de relacionamentos, sexualidade, trabalho, situações familiares, entre outras.

 

No geral, eles disseram gostar do resultado. Alguns dos alunos que participaram e ocupam tal espaço com o clube de origami semanalmente disseram que estavam curtindo porque iam deixar o cantinho deles mais bonito.

 

 

 

O local selecionado era um pouco pequeno para estas turmas maiores, então precisaram acontecer alguns revezamentos. Me preocupei se os alunos que não estivessem pintando se sentiriam ociosos ou desistiriam de participar, mas em geral eles saiam andando pela escola e depois voltavam.

 

A escolha deste local foi uma adaptação de nosso planejamento inicial, que contava com áreas externas e dois espaços, exatamente para distribuir de forma mais adequada todos os participantes, mas com o dia chuvoso tivemos que adaptar.

 

De modo geral enxergo que foi uma boa escolha o local, apesar das dificuldades que vivenciamos, pois houve também uma questão com parte da parede em que estávamos pintando (havia uma infiltração que escorria água constantemente durante toda a segunda-feira, os alunos pintavam e a tinta escorria. Na terça não choveu tanto, mas a parede não estava seca, ainda sim os alunos pintaram este pedaço e deu certo).

 

Muitos alunos que não participam do projeto ficaram curiosos com o movimento no local e com a pintura em si, eles perguntavam aos colegas que estavam pintando o que faziam ali e observei que eles não sabiam dizer ao certo e nem qual a relação desta atividade com as oficinas de robótica, a não ser a ligação com as formas que pintavam. Alguns destes alunos curiosos também quiseram pintar e deixei, nos momentos mais tranquilos, que fizessem um outro elemento, colaborando com nosso painel.

 

Nestes encontros senti falta de ter alguém que pudesse me auxiliar em certas demandas. Quando os alunos saiam para limpar pincéis e rolinhos, eles sujavam o banheiro e a faxineira vinha me avisar que eles estavam aprontando, assim como quando eles estavam fazendo revezamento para pintar e alguns saiam pela escola me dizendo que iam lanchar, alguns funcionários da escola vinham reclamar que eles não podiam ficar perambulando, mas eu não consegui dar atenção aos cuidados da oficina e mais estas situações.

 

Por isso estou pensando na dinâmica do próximo encontro de modo a minimizar este tipo de acontecimento, mas já sei que terei que me dividir em três espaços, pois em dois estarão acontecendo a colagem dos lambes e um terceiro será necessário, pois os espaços de colagem não acomodam todos os alunos de cada grupo em ação .

 

Luciana Nobre (Coordenadora Pedagógica Cultural)

Relato de Atividade Cultural 4

O quarto encontro cultural foi realizado nos dias 20 e 21 de Setembro e seu principal objetivo era que os alunos realizassem fotografias para a produção de lambe-lambes a serem aplicados na escola. 

 

Além disso, realizamos estudos de moldes, composições e cores para a produção de estampas criadas a partir das peças dos robôs. 

 

Conceitos no quarto encontro

 

  1. Reflexão: Relação dos humanos com os robôs

 

  1. Montagem:

 

  1. Fotografia:

 

  1. Stencil:

 

  1. Pintura: 

 

Etapas do segundo encontro

 

Começamos o encontro com uma conversa sobre o que os alunos lembravam de nosso encontro anterior, retomando alguns conceitos de fotografia que havíamos estudado e experimentado.

 

Em seguida, lhes convidei para, mais uma vez, realizarem fotografias, mas desta vez de um modo diferente, não observando um ambiente, mas sim um objeto. E um objeto que eles construiriam.

 

Tal objeto deveria ser criado com as peças que comumente usam nas aulas de robótica e ele deveria traduzir alguns dos sentimentos que eles têm em relação a nossa convivência com os robôs.

 

Evidenciei a diferença com que eles deveriam olhar para aquele material durante esta atividade, já que durante as oficinas de robótica cada peça tem uma função específica, com a qual não se pode usar de modo diferente, pois faria com que o robô não funcionasse. mas agora, os aspectos estéticos e formais deveriam ser levados em conta. 

 

E então rapidamente os alunos foram criando algumas peças, em pequenos grupos ou individualmente. E durante a criação, fomos conversando sobre como eles enxergam a relação que estabelecemos com os robôs em nosso cotidiano.

 

Algumas das afirmações ditas durante as conversas:

 

"Os robôs nos ajudam, às vezes eles fazem coisas que a gente não consegue fazer"

"Eu tenho medo que os robôs nos substituam em coisas que a gente poderia fazer"

"Eu não tenho medo dos robôs, mas não queria que eles roubassem empregos dos humanos"

"Eu acho que um dia eles vão dominar o mundo e não vai mais ter espaço pra gente"

"Eu acho que é besteira ter medo dos robôs porque eles não tem cérebro, eles não são como zumbis ou aliens que podem querer nos matar"

"Os robôs não querem nos substituir" 

"Mas alguns humanos querem nos substituir por robôs"

 

 

Com relação a esta substituição ou talvez inspiração em nosso corpo para a criação de robôs, fomos lembrando de projetos que realizaram nas oficinas de robótica que "imitavam" estruturas animais, mas alguns foram lembrando de projetos, como a garra e o braço arremessador que acreditavam ter o corpo humano como referência.

 

O perfil das peças criadas foi variado, e em cada grupo apareceu uma certa maneira de olhar para este tema. Em geral, como de costume quando se trabalha em um ambiente de ateliê, os primeiros a elaborar acabaram influenciando o olhar dos outros que os seguiram pela mesma linha de raciocínio. Alguns exploraram estruturas  relacionadas às formas das partes do corpo, outros reproduziram a estrutura de um corpo, outros imaginaram robôs que seriam usados em nosso corpo. 

 

Após montarem suas peças, os alunos se organizaram para fazer fotografias de suas criações, pensando em grupo ou em dupla sobre o conceito da imagem, já que eu havia lhes dito que a proposta era colocar o robô interagindo com um corpo humano de alguma forma. Eles se separaram em funções: alguns apareceram na foto, outros cuidaram da ambientação e outros fotografaram. 

 

Durante a realização das fotos os lembrei de considerações do encontro anterior: o fundo, o enquadramento, a iluminação e os incentivei a explorarem diferentes ângulos. 

 

Estas são algumas das fotos realizadas:

 

 

Porém, a execução destas etapas, em todos os grupos foi bem rápida. Durante o planejamento imaginei que a discussão sobre a relação dos robôs e dos humanos tomaria uma boa parte de nosso tempo, e além de realizá-la junto a realização das peças, ela não foi tão aprofundada como havia imaginado, por isso optei por dar mais uma proposta para os alunos, adiantando o que havia imaginado para o próximo encontro. 

 

Em todos os encontros os alunos me perguntam se vamos usar tinta e dizem adorar trabalhar com pintura. E então, em conexão com a ideia de usarmos lambes, que é uma expressão de arte urbana, me lembrei dos stencils, que é uma técnica que utiliza tinta ou spray e também adorna paredes e outros diferentes suportes. 

 

Mostrei-lhes algumas imagens do trabalho desenvolvido pela artista Monica Nador em seu projeto JAMAC, na comunidade do Jardim Miriam. E então sugeri que mais uma vez eles olhassem para as peças dos kits de robótica e escolhessem uma ou algumas para criarem um stencil.

 

Eles desenharam as peças e alguns até criaram composições simples se inspirando no logo do projeto, mas tiveram certa dificuldade na hora de recortar, não só porque o material que disponibilizei (papel cartão e tesoura sem ponta) não era ideal para tal tarefa, mas também porque não haviam compreendido aspectos técnicos do stencil, mas fui auxiliando para que entendessem quais partes do desenho deveriam ser vazadas sem perder a forma desenhada.

 

 

Alguns grupos conseguiram usar os stencils e fizeram estudos de cores e composição de estampas usando os moldes sobre papéis coloridos e tinta guache. 

 

 

Questões logísticas do encontro

 

O local destinado à oficina, a sala de leitura, foi adequado para boa parte dos grupos. Fiquei preocupada de propor uma pintura neste espaço, mas os alunos foram cuidadosos e foi simples limpar as mesas que tinham resquícios de tinta. 

 

Apenas na terça-feira, durante a oficina que acontece das 9h45 às 11h15, em que as turmas 05 e 07 participam juntas, o espaço acabou sendo pequeno: não acomodou bem todos alunos e nem permitiu que respeitássemos os protocolos de distanciamento. 

 

Isso aconteceu porque, pela primeira vez, praticamente todos os alunos deste horário participaram. Porém, não sinto necessidade de rever a junção das turmas, já que esta organização é melhor para a escola, e também porque as próximas atividades estão planejadas para acontecer em espaços maiores e externos. 

 

Participação dos grupos

 

Os grupos se envolveram bastante com as duas propostas. Resolveram com praticidade a primeira atividade, sem a profundidade de reflexão que eu desejava, mas trouxeram suas próprias visões sobre questões que lhes provoquei a pensarem. 

 

Já na segunda atividade ficaram animados em poder mexer com os materiais que tanto queriam usar: as tintas e os pincéis. Se mostraram empolgados em realizar as etapas, mas ficaram um tanto desanimados com a tarefa de cortar os stencils (eles acharam bastante difícil, especialmente aqueles que fizeram desenhos complexos e não formas simplificadas como havia lhes explicado). Alguns também não gostaram do resultado das pinturas, pois o guache utilizado não tem boa cobertura e deixa a marca das pinceladas, mas ao criarem as estampas, repetindo as formas dos stencils, curtiram o efeito que conseguiram.

 

Não cheguei a falar sobre pintarmos as paredes da escola, lhes disse que no próximo encontro iríamos definir o suporte em que realizaríamos as estampas, mas acredito que ficaram bem empolgados com esta possibilidade. 

 

Luciana Nobre (Coordenadora Pedagógica Cultural)

Relato de Atividade Cultural 3

 

O terceiro encontro cultural foi realizado nos dias 23 e 24 de Agosto e teve como objetivo criar mais um elemento que estará na exposição final: fotografias para criarmos um painel de lambe-lambe.

Além de conversarmos sobre conceitos da linguagem fotográfica, o encontro proporcionou o contato dos estudantes com um fotógrafo, o Nego Junior. Ao conhecerem nuances do processo de criação deste profissional, eles puderam refletir sobre a sua própria relação com o ato de fotografar e realizaram fotografias se baseando em aspectos técnicos e conceituais que não consideravam em suas produções fotográficas antes.

 

Conceitos do terceiro encontro

 

1. Relação dos alunos com a fotografia.
● Onde ela está presente em seu cotidiano?
● Em que situações você fotografa?
● Onde você encontra fotografias?
● Que recursos você usa para fotografar?

 

2. Fotografia: Diferentes olhares
● Como cada um vê uma mesma foto?
● Como cada um fotografa?
● Repertório visual

 

3. Conversando com um fotógrafo: processo de criação
● Conceitos de fotografia: foco e desfoque, planos, recorte e enquadramento, sobreposições, luz e sombra, texturas.
● Consciência corporal no ato de fotografar: como me posiciono diante do que vou fotografar?

 

4. Fotografia, Lambe e Arte Urbana
● Análise de trabalhos de artistas que usam o Lambe como forma de arte
● Reflexões sobre Arte Urbana e o uso do Espaço Público

 

5. Experimentações fotográficas
● Usar os conceitos na prática: recorrer ao que aprendeu na oficina para fotografar a escola e os robôs

 

Etapas do terceiro encontro

 

Começamos o encontro na sala de leitura com uma conversa sobre a relação dos alunos com a fotografia em seu cotidiano, mapeando as diferentes situações e equipamentos que costumam utilizar.

Muitos disseram fazer fotografias de amigos, familiares e animais em festividades e passeios, assim como as selfies. Praticamente todos utilizam o celular para fazer fotos e apenas alguns disseram possuir máquinas fotográficas. Alguns dos alunos do Ensino Médio demonstraram interesse no universo da fotografia e disseram ter vontade de atuar profissionalmente na área.

Em seguida, fui apresentando imagens previamente selecionadas por mim para fomentar uma discussão sobre conceitos da linguagem da fotografia:

 

 

Escolhi estas diferentes fotografias do Edifício Copan, localizado no centro de São Paulo. E enquanto as mostrava os alunos já iam conversando entre si, se questionando se as imagens eram ou não de um mesmo prédio. Em todos os grupos alguns disseram ser o mesmo o prédio e outros acreditavam que não. Os que perceberam ser o mesmo prédio logo apresentavam argumentos para sua hipótese: era o mesmo prédio fotografado de diferentes ângulos. A partir desta conclusão conversamos sobre as escolhas de cada fotógrafo, como cada um estabeleceu o recorte fotográfico e como eram seus posicionamentos diante do prédio.

 

Passamos então a analisar fotografias feitas por Nego Junior, e convidei os alunos a imaginarem como foi o processo de criação de cada imagem. Junto ao fotógrafo fizemos leituras das imagens pensando em como estava seu corpo diante daquilo que fotografou, o local em que ele estava e quais eram suas intenções para a composição destas fotos.

 

 

Nego Junior foi contando sobre como aconteceu cada fotografia, e a conversa foi suscitando a apresentação de conceitos, como: foco e desfoque, planos, enquadramento, sobreposições, luz e sombra, texturas, além de questões que envolvem o ato de fotografar, como: ter paciência para aguardar a imagem imaginada acontecer para então dar o clique na máquina, ter atenção para encontrar uma fotografia em uma cena que você nem imaginava fotografar, explorar diferentes possibilidades de fotos diante de uma situação, paisagem ou objeto.

E então, em conexão com os robôs inspirados em animais que os alunos costumam montar nos projetos de robótica, Nego Junior lhes mostrou um de seus equipamentos, o Guimbal, uma espécie de estabilizador, que permite que o fotógrafo se movimente sem tremer a câmera, e que foi inspirado em algumas aves, que ao focar o olhar não movem a cabeça de modo algum mesmo que o corpo se mova.

 

 

Citando esta bioinspiração, Nego Junior também lhes mostrou um vídeo demonstrando tal capacidade da galinha (vídeo similar a este: https://www.youtube.com/watch?v=nLwML2PagbY&t=17s) e convidou os alunos a manusearem e experimentarem como é movimentar um Guimbal.

 

 

Ainda na sala de leitura, contei aos alunos que as fotografias que eles farão irão compor um painel composto por lambes. Eles quiseram saber o que é um lambe e mostrei-lhes algumas imagens selecionadas por mim previamente para discutirmos possibilidades de formatos e conceitos:

 

 

Prometi que iríamos aprofundar esta conversa em nosso próximo encontro para conversarmos mais sobre a relação do lambe com a arte urbana e os cuidados que devemos ter ao intervir em um espaço público, que é de uso coletivo.
Em seguida iniciamos o momento de experimentação fotográfica. Propus que os alunos fotografassem com seus celulares considerando a conversa que havíamos tido, trazendo consciência para a composição das imagens.

Livremente, eles começaram a explorar possibilidades na própria sala de leitura, e depois descemos para o pátio. Nos dois espaços, os alunos fotografaram objetos e cenas que já estavam estabelecidos, mas também criaram situações ou composições especificamente para fotografarem.

 

 

Ao final, alguns alunos fotografaram os robôs feitos pelos colegas que estavam na oficina de robótica, pois são estas imagens que pretendemos utilizar para a criação dos lambes.

 

Encerrei o encontro solicitando que os alunos me enviassem as fotos realizadas durante nossa oficina e os convidei a continuar produzindo fotos dos robôs ao final de cada oficina de robótica para que possamos ter várias imagens a escolher para a composição do painel de lambe.

 

Alguns problemas na logística do encontro

 

Havíamos solicitado o uso de uma sala com TVpara mostrarmos imagens aos alunos, por isso utilizamos a sala de leitura, que possui tal recurso e cabem confortavelmente 12 alunos sentados.

Porém, na segunda-feira, dia 23/08, não consegui usar a tv. Levei as imagens em uma apresentação PDF em um pendrive e tinha planejado usar o notebook do projeto com o cabo HDMI (que seria emprestado pelo Paulo, professor de robótica) para apresentá-las, mas a entrada do cabo não era compatível com o notebook, que é mini HDMI. Por isso, usamos apenas o notebook e os alunos ficaram no entorno da máquina para conseguirem enxergar. Apesar das imagens ficarem um pouco pequenas, foi possível realizarmos a atividade.

No dia seguinte, levei também as imagens soltas em JPG e pude conectar o pendrive diretamente na tv, assim os alunos puderam ver as imagens maiores.

Para o momento de fotografar os robôs, combinei com o Paulo que os alunos que estivessem na oficina cultural não entrariam na sala da oficina de robótica, para não atrapalhar o ritmo da aula, e aguardaríamos os robôs ficarem prontos para a equipe que o montou levá-lo até nós. Em algumas turmas essa logística funcionou, mas em outras não, porque o projeto de robótica desta semana era bem desafiador e nem todos conseguiram terminá-lo a tempo. Sendo assim, na última turma de terça, que era mais tranquila, redefinimos isso, e permiti que, de dois em dois, entrassem na oficina de robótica e fotografassem os colegas durante a montagem.

Desta vez, o horário escolar estava diferente, assim como havia bem mais alunos na escola. A nova dinâmica interferiu um pouco mas, no geral, não chegou a atrapalhar. Nos dois dias, nos primeiros horários, os alunos avisaram que precisavam descer para tomar lanche no intervalo (cujo horário acontece bem no meio de nosso encontro), pois não haviam tomado café da manhã (estão chegando 1h mais cedo). Permiti que fossem buscar o lanche, mas na terça-feira haviam muitas pessoas no pátio e isso impediu que prosseguíssemos com a parte de experimentação fotográfica e combinei que fizessem fotos de seus próprios robôs após terminá-los na oficina de robótica.

 

Participação dos grupos

 

Todos os grupos participaram ativamente de todas as etapas do encontro. Alguns grupos estavam mais envolvidos, ficavam empolgados durante a conversa e com suas descobertas, especialmente os alunos mais novos. Já outros, especialmente os alunos mais velhos, faziam considerações pontuais. Durante a experimentação fotográfica todos os grupos apresentaram interesse em fotografar e produziram materiais interessantes, era perceptível o impacto de nossa conversa anterior em seus trabalhos. Alguns chegaram a apontar o conceito que estava explorando em uma foto ou mesmo mostravam suas inspirações no trabalho de Nego Junior.

 

Luciana Nobre
(Coordenadora Pedagógica Cultural)

 

 

ALGUMAS DAS FOTOS FEITAS PELOS ALUNOS

 

Relato de Atividade Cultural 2

O segundo encontro cultural foi realizado nos dias 12 e 13/07 e teve como objetivo exercitar o pensamento criativo e imaginativo dos alunos dentro do universo da robótica.

A partir do questionamento "que robô você gostaria que existisse no mundo?", cada aluno pensou em propostas que pudessem ajudar em situações vivencia das por eles em seus cotidianos ou em algum problema que reconhecem na sociedade e no mundo.

 

Em conexão ao encontro anterior, essa atividade visa produzir material que possa ser exposto na mostra final. Conceitos do segundo encontro

1. Análise: A presença da robótica em nossas vidas
● Onde podemos encontrar robôs?
● Que papéis e funções eles exercem?

 

2. Criação: Um robô que eu gostaria que existisse.
● Que situações cotidianas eu usaria um robô para me ajudar?
● Que problemas existem no mundo que poderiam ser resolvidas por um robô?

● Situações Hipotéticas x Situações Reais - criar livremente um robô sem as limitações do que seria viável ser realizado ou não.
● Refletir durante a criação: Como um robô pode ajudar aos humanos, sem nos substituir?

 

3. Elementos da robótica
● Que elementos e estruturas você conheceu nas aulas de robótica que você acha que podem ser inseridas em seu projeto? (sensores, engrenagem, garras…)

 

4. Elementos do desenho de projeto

● Como é um desenho de projeto? (Não é um desenho técnico. É importante revelar as suas ideias e o funcionamento de seu projeto. Pode ser apenas um esboço, mas precisa comunicar)
● Inserção de elementos escritos: descrição das funções de cada parte do robô, justificativa do projeto (o que te levou a criar este robô?), legendas.
● Elementos da comunicação visual (símbolos e indicações visuais)

 

Etapas do segundo encontro

 

Começamos com uma conversa retomando o que fizemos no encontro anterior e engatamos em relatos sobre o que rolou nas últimas oficinas de robótica. Analisamos sobre a presença de robôs em nosso cotidiano e tentamos identificar alguns usos.

 

E então, foi lançada a proposta "que robô você gostaria que existisse?". A partir desta pergunta, os alunos passaram a refletir sobre situações de sua vida ou contextos instaurados no mundo em que um robô pudesse ajudar ou resolver um problema. Algumas possibilidades começaram a surgir e discutimos em grupo sobre o quão real isso poderia
ser ou até se já existe algum robô com tal função atualmente. Os alunos foram incentivados a criar livremente, sem pensar no que seria possível ou não, mas precisavam inserir em seus projetos estruturas e elementos que conheceram nas oficinas de robótica.

 

Foram apresentados alguns exemplos de desenhos de projeto, similares a esboços, em que os alunos pu

dessem reconhecer o registro de uma ideia através de um desenho e algumas anotações.

 

Os desenhos foram realizados individualmente e algumas das ideias que surgiram foram:

 

● Robô que recolhe poluição atmosférica e transforma em energia elétrica;
● Robô drone que envia tanques de água a regiões onde há falta d'água;
● Robôs que retiram lixo do mar, com sensores para identificar o que é lixo e o que é vivo;
● Robô que identifica cachorros perdidos e conectam a seus donos;
● Robôs que dão suporte a pessoas cegas, com sensor ultrasônico, para identificar os obstáculos e orientar durante seus deslocamentos e com sensor de cor para dizer a cor de suas roupas;

● Robôs que auxiliam na limpeza de casa com multifunções;
● Robôs que auxiliam no cuidado de idosos, com sensores que permitem cozinhar e olhar o idoso ao mesmo tempo;
● Robô-Cadeira de rodas, cujas rodas têm recursos de limpeza para ajudar deficientes físicos a limpar suas casas.
● Robô com sensor para identificação de pessoas soterradas em um acidente e auxiliar em sua remoção.

 

Participação dos grupos

Os alunos ficaram bem envolvidos com a proposta. Alguns tiveram um pouco de dificuldade nas etapas iniciais, em que tinham que refletir e decidir a funcionalidade de seu robô imaginário. Sinto que a dificuldade estava em reconhecer uma causa ao qual se interessassem, para então pensar como um robô poderia colaborar. Mas assim que se decidiam, o desenho fluía e mais ideias iam surgindo.

 

Inicialmente, alguns alunos disseram não gostar de desenhar, mas assim que entenderam que era um desenho

simples e compreenderam a estrutura de um desenho de projeto, aderiram a proposta. Do mesmo modo, alguns se mostraram reticentes em escrever, mas como as anotações foram feitas mais ao fim da atividade, já estavam bem envolvidos, e a escrita aconteceu naturalmente, pois estavam empolgados em mostrar o que estavam criando.

 

Tanto nas conversas iniciais, quanto durante a elaboração dos desenhos, os alunos se mostraram bastante reflexivos em suas falas, trazendo seus pontos de vista sobre as causas que escolhiam. Houve muita troca durante o momento de criação e foi bacana assistir aos alunos de diferentes idades colaborando com o debate.

 

Com estes encontros pude conhecer melhor os alunos, pois através desta proposta, me aproximei de seus olhares sobre o mundo, suas escolhas, seus desejos e um pouco de seus cotidianos.

 

Luciana Nobre (Coordenadora Pedagógica Cultural)

 

Relato de Atividade Cultural 1

Atividades Culturais

As atividades culturais visam promover o desenvolvimento do pensamento criativo dos alunos, por isso a exposição que será realizada no final do ano como forma de encerramento do projeto se tornou um mote destes encontros. Abordá-la não só permite que os alunos sejam parte da produção e elaboração deste evento e se reconheçam em seus processos de aprendizagem, como também insere conceitos e conteúdos do universo da arte em seus repertórios culturais.

Objetivos do primeiro encontro

Os primeiros encontros, realizados nos dias 14 e 15/06, foram dedicados a levantarmos algumas ideias para a exposição e as registrarmos em uma maquete de papel.
Os objetivos e conceitos abordados foram:

  1. Mapear percepções e repertórios dos alunos:
    ● Quando você pensa em uma exposição, o que vem à sua mente?
    ● Alguém já foi a uma exposição? Como era? O que você achou?

  1. Apresentar conceitos (exposição e tipos de exposição):
    ● exposições de arte x outros tipos de exposições;
    ● exposições de arte contemplativa x exposições de arte interativa x exposições de
    arte tecnológica;
    ● exposições presenciais x exposições virtuais;

  1. Analisar o preparo e a montagem de uma exposição:
    ● Elementos de uma exposição: Peças expositivas, Mobília, Cenografia, Iluminação,
    Comunicação (textos de parede e legendas)
    ● Curadoria: narrativas visuais

  1. Imaginar e planejar uma exposição:
    ● Como podemos mostrar em uma exposição nossa vivência junto à robótica?
    ● Queremos falar sobre…
    ● O que vamos expor para falar sobre isso?
    ● Como vamos expor?

Etapas do primeiro encontro

Começamos com uma conversa a partir de algumas imagens, que serviram de referência para os alunos reconhecerem e analisarem diferentes conceitos de exposição e expografia. Apontamos diferenças entre as imagens e mapeamos possibilidades e soluções para a exposição que vamos montar.

Em pequenos grupos, os alunos montaram maquetes de papel com o que desejam e imaginam para a exposição, considerando que vamos expor 3 peças/projetos de robótica e teremos ainda 2 kits para convidar o público a montar algum projeto no dia da exposição.

As maquetes foram o início do pensamento sobre a construção da exposição, por isso vamos inserir elementos a cada encontro, não há a intenção de vê-las "prontas" até o dia da montagem da exposição em si, é um espaço de criação e elaboração constante, como um caderno de ideias dos alunos.

Neste primeiro contato, algumas das ideias que surgiram para a exposição foram:

● Projetar imagens e vídeos (feitos pelos alunos e pela equipe de filmagem);
● Criar painéis com o passo a passo da montagem de cada robô que será exposto
(como no livro das oficinas de robótica);
● Organizar entre os alunos uma equipe para orientar os visitantes na montagem de
robôs; Criar materiais relacionados à exposição para espalhar pela escola;
● Expor trabalhos realizados por eles (desenhos, pinturas e esculturas) em referência
aos robôs que fizeram nas oficinas.
● Expor alguns dos projetos preferidos pelos alunos (já começaram a mapear quais
são e muitos consideraram ser importante que sejam projetos interativos).

Participação dos grupos

De modo geral, todos os alunos interagiram positivamente com as propostas. Ficaram atentos e participativos na conversa inicial e também à proposição prática. Na hora de colocar a mão na massa, alguns rapidamente se engajaram, e outros demoraram um pouco mais para se envolver, mas logo eram convidados por mim ou pelos outros integrantes do grupo a participar e se envolveram. Fui muito bem recebida pelo grupo e muitos disseram que esperam pelo próximo encontro.
Eu também!

Luciana Nobre
(Coordenadora Pedagógica Cultural)