O segundo encontro cultural foi realizado nos dias 12 e 13/07 e teve como objetivo exercitar o pensamento criativo e imaginativo dos alunos dentro do universo da robótica.
A partir do questionamento "que robô você gostaria que existisse no mundo?", cada aluno pensou em propostas que pudessem ajudar em situações vivencia das por eles em seus cotidianos ou em algum problema que reconhecem na sociedade e no mundo.
Em conexão ao encontro anterior, essa atividade visa produzir material que possa ser exposto na mostra final. Conceitos do segundo encontro
1. Análise: A presença da robótica em nossas vidas
● Onde podemos encontrar robôs?
● Que papéis e funções eles exercem?
2. Criação: Um robô que eu gostaria que existisse.
● Que situações cotidianas eu usaria um robô para me ajudar?
● Que problemas existem no mundo que poderiam ser resolvidas por um robô?
● Situações Hipotéticas x Situações Reais - criar livremente um robô sem as limitações do que seria viável ser realizado ou não.
● Refletir durante a criação: Como um robô pode ajudar aos humanos, sem nos substituir?
3. Elementos da robótica
● Que elementos e estruturas você conheceu nas aulas de robótica que você acha que podem ser inseridas em seu projeto? (sensores, engrenagem, garras…)
4. Elementos do desenho de projeto
● Como é um desenho de projeto? (Não é um desenho técnico. É importante revelar as suas ideias e o funcionamento de seu projeto. Pode ser apenas um esboço, mas precisa comunicar)
● Inserção de elementos escritos: descrição das funções de cada parte do robô, justificativa do projeto (o que te levou a criar este robô?), legendas.
● Elementos da comunicação visual (símbolos e indicações visuais)
Etapas do segundo encontro
Começamos com uma conversa retomando o que fizemos no encontro anterior e engatamos em relatos sobre o que rolou nas últimas oficinas de robótica. Analisamos sobre a presença de robôs em nosso cotidiano e tentamos identificar alguns usos.
E então, foi lançada a proposta "que robô você gostaria que existisse?". A partir desta pergunta, os alunos passaram a refletir sobre situações de sua vida ou contextos instaurados no mundo em que um robô pudesse ajudar ou resolver um problema. Algumas possibilidades começaram a surgir e discutimos em grupo sobre o quão real isso poderia
ser ou até se já existe algum robô com tal função atualmente. Os alunos foram incentivados a criar livremente, sem pensar no que seria possível ou não, mas precisavam inserir em seus projetos estruturas e elementos que conheceram nas oficinas de robótica.
Foram apresentados alguns exemplos de desenhos de projeto, similares a esboços, em que os alunos pu
dessem reconhecer o registro de uma ideia através de um desenho e algumas anotações.
Os desenhos foram realizados individualmente e algumas das ideias que surgiram foram:
● Robô que recolhe poluição atmosférica e transforma em energia elétrica;
● Robô drone que envia tanques de água a regiões onde há falta d'água;
● Robôs que retiram lixo do mar, com sensores para identificar o que é lixo e o que é vivo;
● Robô que identifica cachorros perdidos e conectam a seus donos;
● Robôs que dão suporte a pessoas cegas, com sensor ultrasônico, para identificar os obstáculos e orientar durante seus deslocamentos e com sensor de cor para dizer a cor de suas roupas;
● Robôs que auxiliam na limpeza de casa com multifunções;
● Robôs que auxiliam no cuidado de idosos, com sensores que permitem cozinhar e olhar o idoso ao mesmo tempo;
● Robô-Cadeira de rodas, cujas rodas têm recursos de limpeza para ajudar deficientes físicos a limpar suas casas.
● Robô com sensor para identificação de pessoas soterradas em um acidente e auxiliar em sua remoção.
Participação dos grupos
Os alunos ficaram bem envolvidos com a proposta. Alguns tiveram um pouco de dificuldade nas etapas iniciais, em que tinham que refletir e decidir a funcionalidade de seu robô imaginário. Sinto que a dificuldade estava em reconhecer uma causa ao qual se interessassem, para então pensar como um robô poderia colaborar. Mas assim que se decidiam, o desenho fluía e mais ideias iam surgindo.
Inicialmente, alguns alunos disseram não gostar de desenhar, mas assim que entenderam que era um desenho
simples e compreenderam a estrutura de um desenho de projeto, aderiram a proposta. Do mesmo modo, alguns se mostraram reticentes em escrever, mas como as anotações foram feitas mais ao fim da atividade, já estavam bem envolvidos, e a escrita aconteceu naturalmente, pois estavam empolgados em mostrar o que estavam criando.
Tanto nas conversas iniciais, quanto durante a elaboração dos desenhos, os alunos se mostraram bastante reflexivos em suas falas, trazendo seus pontos de vista sobre as causas que escolhiam. Houve muita troca durante o momento de criação e foi bacana assistir aos alunos de diferentes idades colaborando com o debate.
Com estes encontros pude conhecer melhor os alunos, pois através desta proposta, me aproximei de seus olhares sobre o mundo, suas escolhas, seus desejos e um pouco de seus cotidianos.
Luciana Nobre (Coordenadora Pedagógica Cultural)